Confiar apenas no INSS para garantir o futuro é um erro que pode custar caro. O sistema previdenciário brasileiro foi criado com boas intenções, mas enfrenta há anos um grave desequilíbrio: o número de aposentados cresce muito mais rápido do que o de trabalhadores ativos. Isso significa que, a cada ano, menos pessoas sustentam mais beneficiários — um modelo que, no longo prazo, é insustentável.

Além do risco de colapso financeiro do sistema, o valor pago pelo INSS dificilmente é suficiente para manter o padrão de vida de quem trabalhou a vida toda. Hoje, o benefício médio gira em torno de R$ 1.800, e o teto máximo é de cerca de R$ 7.500 — valores que poucos atingem. A maioria dos aposentados recebe próximo ao salário mínimo, o que mal cobre despesas básicas.

Vamos fazer uma conta simples: quem ganha um salário mínimo de R$ 1.412 contribui com 7,5% ao INSS — cerca de R$ 106 por mês. Se essa mesma pessoa investisse esse valor mensalmente por 35 anos (420 meses) em uma aplicação conservadora de renda fixa rendendo 0,7% ao mês (algo em torno de 8,7% ao ano), ela teria ao final desse período aproximadamente R$ 270.000.

Com esse montante, aplicando novamente em uma renda fixa a 0,7% ao mês, o rendimento mensal seria de cerca de R$ 1.900 — sem precisar trabalhar e, diferente do INSS, sem risco de cortes, atrasos ou mudanças de regras.

Agora imagine se essa pessoa aumentasse aos poucos o valor investido, acompanhando reajustes salariais: o patrimônio final poderia facilmente ultrapassar R$ 400.000. Esse é o poder dos juros compostos e do investimento consciente.

Depender exclusivamente do INSS é entregar o seu futuro nas mãos do governo. Investir por conta própria é assumir o controle — construir um patrimônio que será seu, com liberdade, segurança e previsibilidade. A aposentadoria deve ser um prêmio pelo esforço de uma vida inteira, não uma incerteza. E o primeiro passo para isso é simples: comece a investir hoje.